Conto 15

CRENÇA e AÇÃO

Conto Budista

Buddhist monk 3 - Technic: Mixed, art on wood – by Francesca Escobar

Certa vez, um famoso poeta chinês, afoito por estudar a sabedoria do Buda (o “Iluminado”), caminhou por dias para encontrar um também famoso discípulo do Iluminado. 

Após a aspereza do caminho, finalmente o encontra! E ao encontrá-lo, pergunta-lhe: 

- Mestre, qual é a coisa mais importante nos ensinamentos do Iluminado?

- Não prejudique ninguém e só faça o bem! – respondeu o Mestre de imediato. 

- Que bobagem! – exclamou o poeta. – O senhor é considerado um grande Mestre, por isso viajei milhas e milhas para encontrá-lo. E é esta a resposta que me dá?! Até uma criança de três anos seria capaz de dizer tal coisa! 

Então, pacientemente, concluiu o Mestre: 

- Pode ser que uma criança de três anos seja capaz de dizer isto, mas o difícil é colocar tais palavras e ideias em prática; mesmo para um homem muito velho como eu.

Caros amigos, 

este conto me lembra o “Sermão da Montanha”, discurso de Jesus Cristo que pode ser lido no Evangelho de São Mateus nos capítulos 5 a 7. 

Neste discurso, Jesus profere lições de conduta e moral, ditando os princípios que normatizam e orientam a vida cristã. Jesus conclui seu sermão com uma parábola que transcrevo a seguir: 

"Portanto, quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha.
Por outro lado, quem ouve essas minhas palavras e não as põe em prática, é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e a casa caiu, e a sua ruína foi completa!" Mt 7, 24-27 

Enfim, não importa quantas ou quais palavras sagradas você leia ou pronuncie... Importa o bem que elas farão se você agir a partir delas! 

Busquemos pela boa palavra, pratiquemos sua essência e, assim, sejamos felizes! 

Boa reflexão! 

Julio Mario